Dia de Gibi Novo: Endless Nights
Eu tinha esquecido como Neil Gaiman pode ser bom. Depois do fraco Deuses Americanos e do chatinho 1602, as sete histórias de Endless Nights ajudam a recuperar parte da estima que eu tinha pelo autor de Sandman. Uma história para cada um dos Perpétuos, cada uma por um artista diferente, se concentrando nos pontos fortes do autor: o choque entre pessoas normais e situações fantásticas ou - igualmente interessante - criaturas fantásticas em situações normais - e algo aborrecidas.
As histórias são muito diferentes entre si, ficando difícil dizer qual a melhor. Elas usam mecanismos diferentes e - a seu modo - são todas igualmente originais, ainda mais se levarmos em conta a maneira que cada artista tratou os temas e personagens.
Me agradou bastante Fifteen Portraits of Despair, onde quinze ilustrações de Barron Storey acompanham textos sobre Desespero e pessoas desesperadas. Histórinhas curtas, mas poderosas, que deixam um amargor muito bem cuidado. Outra história muito boa é a de Sonho, onde Gaiman ainda conta a origem secreta do Super-Homem e dos Lanternas Verdes, além de explicar porque Morpheus não se batia com Desejo.